O Brasil deve ser o primeiro país a sediar uma olimpíada sem investir em esporte de base como política social. Os anfitriões ganham medalhas de ouro não por ser o país sede, mas porque preparam-se com antecedência - desportiva e socialmente. Tampouco investimos em infra-estrutura. Faz muito tempo que o Rio não tem para onde crescer. Falta espaço, embora sobre demanda. Tomara que o exemplo do Pan não seja seguido e sedir a copa do mundo de futebol e dois anos depois as olimpíadas traga também melhorias para a sociedade. Assunto a gente vai ter por muito tempo.
A nova empreitada de Beck Hansen é regravar discos clássicos. O projeto batizado de Record Club acaba de "lançar" sua versão para o clássico The Velvet Underground % Nico, de 1967.
A coisa funciona porque o Beck tem moral o suficiente para tocar um projeto desse de maneira despojada, sem tratá-lo como uma grandiosidade. E ainda assim fazer um belo disco.
Fala-se que Beck estaria também tocando a regravação do clássico EVOL, do Sonic Youth. O boato que corre indica que o álbum seria vendido apenas em uma caixa da banda, lançada em Cassete. Sim, Cassete! Alguns fãs de Beck e Sonic Youth talvez nem saibam o que é fita cassete. Ou Walk-man.
O próximo alvo é "Songs of Leonard Cohen". Já há algumas músicas no site oficial do projeto. A escolha do disco da vez foi de Andrew, da banda MGMT. Além dele, participam do projeto seu colega de banda Will, Binki Shapiro do Little Joy, Devendra Banhart e outros doidões de plantão. Os vídeos reforçam a tese do descompromisso. Acaba que o projeto é uma reunião de amigos para tocar músicas boas da sua própria maneira.
Três dias de trabalho e já sinto saudade das minhas férias - nada contra o trabalho, mas constatei (mais uma vez) que eu gosto é de ficar à toa.
Rechaço com veemencia a programação da tv paga. Não tem um filme decente passando. O único jogo "assistível" é o "meu" Lakers contra o Houston Rockets. Quem não se lembra de Hakeem Olajuwon, pivô altíssimo que teve sua camisa aposentada pelo time.
Acabo optando pela genial série Everybody Hates Chris. A obra prima de Chris Rock.
Assumamos o seguinte: internet não é pra ser levada tão a sério assim. A partir desse ponto é que partimos para interagir. Ninguém quer ler realidades, todos querem sonhar! Uma possível recessão já assusta as pessoas. O sul do país já sofre com a crise, mas na ilha ninguém se afoga.
Então ficamos combinados, você não me leva a sério e eu não te chateio.
Com o campeonato principal já decidido, resta acompanhar as moribundas rodadas finais da "primeira divisão". O Palmeiras pode ter cometido ontem um deslize difícil de se levantar. Faltam nove rodadas para o término do campeonato e esses jogos passarão rápido. O São Paulo continua com o futebol burocrático que o caracteriza de 2003 pra cá. O Cruzeiro não vai chegar - não tenho argumentos racionais, mas todo mundo sabe disso. O Flamengo também costuma morrer na praia. O Grêmio pode ganhar se souber usar de maneira correta seu futebol feio.
No lado de baixo da tabela o Vasco da Gama repete um filme que assisti ano passado. O desespero de jogadores e torcedores. O jogo de ontem me lembrou a partida disputada entre Corinthians e Náutico em 21 de outubro de 2007. O Corinthians jogava melhor até Aílton cometer pênalti bizonho no jogador recifense. Ali eu vi que podíamos sim cair.